sábado, 17 de setembro de 2011

A Verdade Por Trás Da Ganância


Publicado em 17 de janeiro de 2011
             
             A toda hora encontro alguém que insiste em negar a situação ambiental do planeta. Dizem que toda aquela história de aquecimento global não passa de uma invenção, dizem que no Brasil ainda podemos derrubar muitas florestas, que isso não faz diferença. Aí eu pergunto: não faz diferença para quem?
               Como negar que estamos com um clima cada vez mais instável, se os desastres ambientais estão se tornando tão recorrentes. Basta ver o que está aconteceu recentemente no Vale do Itajaí. (Parágrafo alterado em 17 de setembro de 2011 para contextualização).
É muito fácil querer a derrubada de florestas quando você é proprietário de terra e tem umas áreas com mata para derrubar. Mas, não querendo ser muito sentimental, não se pensa na quantidade de vida que uma floresta tem, principalmente tratando-se da nossa densa mata atlântica.
 A tendência natural das pessoas é pensar que são imunes a acidentes, o que muda só quando algo acontece consigo ou com alguém da família, enquanto isso, não se sensibilizam com a destruição do meio ambiente ou insistem em negá-la para que se livrem da culpa de poluir o meio ambiente, de derrubarem florestas para plantar eucalipto, de apoiarem a instalação de grandes indústrias em refúgios ambientais.
Há pouco tempo uma guerra de interesses foi travada em Santa Catarina entre pessoas que queriam a qualquer custo a instalação de um estaleiro e defensores do meio ambiente. Os defensores do meio ambiente penaram para conseguir proteger importantes reservas ambientais do litoral catarinense e a baía dos golfinhos, enquanto os gananciosos tentavam mudar o parecer  do ICMBio contra a instalação do estaleiro em Biguaçú. Prova da ganância que movia os defensores do estaleiro foi a acusação de “incorreções e omissões”  no Relatório de Impacto Ambiental, que não condizia com outros estudos já realizados na área e favorecia a implantação do estaleiro (que no fim não deu em nada, mas as diferenças entre os estudos contiunua existindo).
Por fim, o Sr. Eike Batista, dono da empresa OSX, que queria implantar o estaleiro, desistiu de SC e foi implantá-lo no Rio de Janeiro. Não resistiu às pressões ambientais que dificultaram muito a instalação da empresa, o que pode se chamar de vitória do meio ambiente, dificilmente a natureza vence a ganância.
Mas o ponto em que eu quero chegar é que, para quem tem boa memória, a empresa Caruso Jr. é que fez o estudo de impacto ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) da empresa Votorantim em Vidal Ramos. E, se num caso tão importante, com tantos olhares de defensores ambientais, como o do estaleiro da OSX, conseguiram achar incorreções e omissões por parte da Caruso Jr. em seu licenciamento ambiental, imagine em Vidal Ramos, onde ninguém além da Caruso Jr. realizou estudos no meio ambiente. Quantas omissões e incorreções pode haver.

Rufus
“o guardião da pedra dos sonhos”

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